sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Piso no Jornal


"A trupe do Piso Compartido, na Rua Miguel Tostes, em Porto Alegre, é o exemplo mais recente desta configuração de QG empresarial. A iniciativa partiu da arquiteta Marta Peixoto, que trouxe o sócio Thiago Barella. Eles ocupam uma sala do primeiro andar. Os vizinhos ocupam uma sala ao fundo, com vista para o pátio interno. Esta segunda sala ganhou mais uma divisão: de uma lado, Tiago Taborda, da Stopa, desenvolve os projetos de design gráfico. Do outro, Lucia Araújo pilota os trabalhos da Movida Design, focada em mídias digitais. Neste caso, a separação se dá apenas por uma prateleira suspensa, uma espécie de móbile.

Não é muita proximidade?

— Funciona bem. Nem sempre estamos no espaço nos mesmos horários — explica Tiago, entregando o maior segredo da parceira. — O importante é que temos a mesma maturidade profissional.

O designer alerta para os seduzidos pela possibilidade de uma parceria feliz que idéias como a do Piso Compartido não são para iniciantes. Segundo ele, somente porque todos tiveram experiências variadas em empresas grandes ou médias, todos têm consciência do tipo de ambiente que querem ter no trabalho e de como colaborar para isso.

No andar térreo, ainda em busca de um vizinho, já que no Piso há uma vaga aberta, Paula Ferrary brinca que a parceria harmônica deve-se à proposta de um “coletivo muito individualizado”.

— O importante é que pensamos nos outros como pensamos em nós mesmos — diz a consultora de beleza. — Funciona todo mundo junto e cada um no seu espaço.

É exatamente assim. No Piso, há regras, mas sem excesso de formalidade. Eles garantem que tudo fica no limite do respeito ao trabalho do vizinho. Se a porta está fechada, manda o manual de boa convivência, bate-se antes de entrar. Ao subir a escada, Paula usa um cuidado extra:

— Sempre digo: “Tô subindo”. Gosto de anunciar que estou chegando.

Muitas vezes, eles costumam se falar por e-mail, mesmo estando no mesmo imóvel. Há um síndico que muda de três em três meses. Tempo curto, mas escolhido por ser um rodízio justo, sem tempo para sobrecarregar o eleito. Uma taxa simbólica de condomínio cobre despesas de segurança, limpeza e gastos extras — decididos em comum acordo nas reuniões. Estas são quase sempre em clima de convescote entre amigos.

Eventualmente alguns trabalhos no Piso Compartido são compartidos. As parcerias não se limitam ao público externo. Paula corta o cabelo de Thiago, que por vezes troca figurinhas com ela sobre referências. Ainda sobre o espaço da consultora de beleza, o avarandado do térreo ganhou idéia caprichada da arquiteta Marta Peixoto."

Texto Fernanda Zaffari

2 comentários:

João Pedro Silveira de Oliveira disse...

mas que xique, heinho?
parabens pelo blog e pelo escritorio!!!

grande abraço barela,
pra ti e pra todos.
muito sucesso!!!!!

A Graça da Coisa disse...

Adorei o texto!!!
Deu pra ver direitinho cada um no seu espaço, convivendo em total harmonia... to adorando ver o sucesso do pessoal do piso!